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Práticas dialógicas

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Práticas dialógicas

A evolução dos estudos linguísticos impulsionara uma visão ampla da língua, deixando o campo fraseológico de um ato criativo e individual de forma, estrutura e sistema, partindo para uma concepção discursiva de um todo, ou seja, a relação dos enunciados que se diferem de orações, frases ou palavras soltas.

Busca-se pensar com o propósito de desenvolver práticas discursivas de oralidade e escrita usando os gêneros textuais/discursivos em sala de aula. Compreender o surgimento de gêneros novos e a importância da concepção de linguagem como prática social.Nessa perspectiva, foram desenvolvidas ações a partir de práticas dialógicas com ênfase no desenvolvimento oral e escrito.

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Fonte:by Humberto Nogueira

Reflexões

As reflexões tecidas sobre as práticas de linguagem partem da compreensão de que é impossível comunicação verbal a não ser por um gênero, materializado em um enunciado. É nessa lógica de enxergar a língua como atividade social e histórica que organizamos o presente estudo, considerando os gêneros do discurso como formas socialmente maturadas em práticas comunicativas, ou seja, atividades enunciativas “relativamente estáveis”. Entender essa concepção de linguagem como prática social é perceber a língua no seu aspecto comunicativo.

Contribuições de um grande filósofo

Entender os gêneros do discurso na teoria de Bakhtin (2003) é compreender as formas pelas quais construímos a nossa comunicação em sociedade. O seu surgimento, desenvolvimento e uso encontram-se diretamente relacionados à realidade social na qual estão inseridos, portanto, se a realidade se transforma de alguma maneira, os gêneros se adaptam a essa mudança. Por isso, por conta do desenvolvimento tecnológico acelerado – marca de nossos tempos com alunos ativos nas redes sociais e o acesso à tecnologia se expande no universo em que estão inseridos –, muitos gêneros relacionados à comunicação mediada por computadores e dispositivos móveis (celulares e tablets) são cada vez mais frequentes: há tanto o surgimento de novos gêneros quanto a transformação/adaptação de gêneros antigos para outros gêneros, mais adequados, agora, à esfera digital.

Os gêneros e as necessidades humanas

Os enunciados sejam eles orais, escritos ou multimodais deixam transparecer a individualidade do sujeito, suas idiossincrasias, sempre na dependência de situações concretas de enunciação. Diante disso, entende-se que toda produção individual pode ser renovável mediante uma situação social de interação verbal e os gêneros manifestam de acordo com as necessidades humanas, as inovações e as atividades sociocomunicativas.

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Fonte:by Humberto Nogueira

Dialogismo

O ensino pautado em atividades com gêneros permite ao aluno o uso da língua na prática, no seu contexto de uso. Segundo o teórico russo, todas as atividades humanas são permeadas pela linguagem, em enunciados orais ou escritos, concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo de atividade. Portanto, o aluno precisa de um contato com a maior quantidade de gêneros disponíveis em espaço escolar para que ele consiga desenvolver a sua consciência crítica e cidadã.

Referências

BAKHTIN, M. Estudos literários hoje. In: ______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 358-366.